Resenha: Adeus á Inocência – Drusilla Cambell


                                                                        Skoob

"O Que A Vida Espera Da Gente É Um Pouco De Coragem"




Aos 17 anos Madora já se achava adulta e que podia fazer tudo o que quisesse até que se deu mal, então ela conheceu Willis que a salvou e juntos fugiram e foram viver no deserto no quase total isolamento.

Madora venerava Willis e confiava nele cegamente, fazendo tudo o que ele pedia vivendo totalmente em função de agradá-lo. Até que um dia ele aparece com uma adolescente grávida e começa á mante-la presa e a verdadeira personalidade de Willis fica mais clara a cada dia.

(...) Ela imaginou como seria falar com ele num tom audacioso. Então se deteve. Imaginar já era perigoso, pois ela podia ficar tão à vontade em suas próprias opiniões que um dia se esqueceria e as falaria em voz alta.
Solitária e com medo das novas descobertas em relação ao homem que ama Madora acaba fazendo um amigo, Django um garoto de 12 anos, que acaba de perder os pais em um trágico acidente de carro, mesmo passando por momentos muito difíceis é Django quem ajuda Madora dando um choque de realidade para ela acordar e enxergar quem realmente é Willis.

(...) Para Django, era óbvio que Willis Brock podia saber como ser firme, mas não tinha noção do que era amor.
De inicio achei o livro lento e cansativo, mas a autora teve o cuidado de contar a historia dos personagens separadamente para depois uni-las com sintonia, o que foi fundamental para dar uma levantada na minha leitura e a partir daí eu devorar o livro.

A história é tensa e cheia de ensinamentos, Madora vive uma vida solitária e muito precária, sem nem ao menos perceber que também é uma espécie de prisioneira de Willis, o que chegou a me irritar de tal forma que minha vontade era dar uns chaqualhões em Madora para que ela percebesse o grande perigo que Willis trazia.

Narrado em terceira pessoa, achei que Drusila soube criar um sociopata de forma perfeita, não deixando para trás nenhum ponto sem nó nenhuma dúvida sem respostas. Já Django é o verdadeiro adulto nessa trama, com uma inteligência incomum e uma generosidade imensa, em minha opinião Django foi a grande estrela da história apesar de aparecer menos, tenho a impressão que sem ele e o cachorrinho de Madora o Foo o livro seria maçante e até mesmo chato =S

A capa do livro é bem simples, mas muito bonita, retrata a história perfeitamente, o livro é pequeno de apenas 270 paginas amarelas com diagramação super confortável, eu diria que a palavra chave desse livro é paciência, pois depois de algumas paginas a historia surpreende e flui rapidamente.

Recomendo esse livro para que gosta de historias onde o foco é mais a sobrevivência e a perda da inocência de uma forma bem diferente do que se é esperado. Leiam ;)




Suzi Andrade
24 anos, estudante de Letras, mineira, casada. Gosto de séries de TV, de escrever e também de chocolate. Sou leitora e compradora compulsiva de livros. Acredito que ler enriquece a alma e a mente!!

3 comentários

  1. Eu andei meio desanimada com este livro, por conta das resenhas que tenho lido, acho que por isso ainda não o li,
    Bjs, ROse.

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  2. #PARTIU ler esse livro agoraaaaaaaaaaa rsrs ( participando)...*

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  3. Mais uma resenha sua que me surpreendeu porque geral teve dificuldade com a narrativa do livro e acredito que não entenderam a mensagem da autora. Fico feliz que vc tenha entendido e nos passado a mensagem dele. Essa questão da capa e da cachorrinha na história me lembrou o livro Vidas secas (literatura brasileira).

    Leituras, vida e paixões!!!

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