[Resenha] A Zona Morta, Stephen King

Título: A Zona Morta
Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Nº de páginas: 480
Gênero: Suspense / Terror / Sobrenatural
Nota:

SKOOB | GOODREADS

Depois de quatro anos e meio, John Smith acorda de um coma causado por um acidente de carro. Junto com a consciência, o que John traz do limbo onde esteve são poderes inexplicáveis. O passado, o presente, o futuro – nada está fora de alcance. O resto do mundo parece considerar seus poderes um dom, mas John está cada vez mais convencido de que é uma maldição. Basta um toque, e ele vê mais sobre as pessoas do que jamais desejou. Ele não pediu por isso e, no entanto, não pode se livrar das visões. Então o que fazer quando, ao apertar a mão de um político em início de carreira, John prevê o que parece ser o fim do mundo?

John Smith tinha uma vida aparentemente normal, era professor e amava o que fazia, tinha uma namorada, Sarah, pela qual também era igualmente apaixonado.

Num bela noite enquanto os dois saem para se divertir, nem imaginam que tudo está prestes a mudar, ou talvez ele tenha pressentido algo!?

John sofre um grave acidente de carro, onde todos os demais envolvidos morrem, exceto ele, que permanece em coma por quatro anos e meio.

Durante os anos que esteve em coma, os médicos já desacreditados de uma possível recuperação vão, aos poucos, preparando os Pais de John e Sarah, para que aceitem o pior. Com as contas médicas se acumulando, e assistindo John definhar na cama, o Pai dele já não sabe mais o que fazer.

Os meses e anos passam, e Sarah segue sua vida, e acaba encontrando outra pessoa, com quem constrói uma família.

Quando todos menos esperam, John retorna do coma, e além de ter que lidar com o fato de que “perdeu” quase cinco anos de sua vida em uma cama de hospital, e todos os agravantes físicos que ficaram disso, ele ainda tem outro “problema”, ou dom!? John agora, ao tocar em alguém ou algo, consegue saber muito mais sobre a pessoa do que gostaria, pode ver sua história, seu passado, presente ou futuro. É como invadir a vida de alguém sem pedir licença, e sem querer, óbvio.

O rapaz não fica nada feliz com isso, mas todos, inicialmente, o tratam como “O Milagre” e juram que o que ele tem é um Dom. Porém, esse dom, que para John mais parece uma maldição, acaba metendo ele em diversos problemas e confusões, e acaba também afastando muita gente da vida dele.

Quando John parece estar com a vida entrando nos eixos novamente, e tudo parece estar voltando ao seu lugar, durante a época de campanha eleitoral, John aperta a mão de um dos candidatos, e o que ele descobre não é nada bom. A partir daí, John precisa fazer algo.

Nesse clima de suspense, drama e com um toque paranormal, “A Zona Morta” nos prende do início ao fim. Como sempre, SK soube dosar tudo na medida certa.

Ficamos comovidos e sensibilizados com a situação de John, da família dele e de Sarah. Depois passamos a torcer a vibrar pelo nosso protagonista e logo em seguida sentimos um friozinho na barriga e certa tensão quando John tem seus momentos paranormais.

O reencontro entre Sarah e John muito me emocionou, e a relação deles é tão bonita que ficamos sempre na torcida. O Pai de John também é um querido, já a mãe do personagem me irritou um bocado, assim como ao próprio John também. rs Que mulher, viu!

Os momentos em que John tem seus episódios paranormais, a forma como é descrito com detalhes, é realmente de dar arrepios, e eu senti pena dele por não ter escolha quanto a isso, por não poder controlar.

A história é realmente envolvente. Mais uma vez, King conseguiu tecer uma trama incrível e surpreendente. Para quem é fã e ainda não leu “A Zona Morta”, leia!

E para quem tem curiosidade de ler algo do autor, mas não curte um bom Terror, essa é sua chance, este livro é mais suspense do que terror. Aproveitem!!!