O Ladrão de Raios - Rick Riordan


Título: O Ladrão de Raios (Percy Jackson e os Olimpianos #1)
Autor(a): Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Nº de páginas: 386
Onde comprar: Submarino | Saraiva | Americanas
Nota:

Percy Jackson - Os deuses do Olimpo continuam vivos, em pleno século XXI! Eles ainda se apaixonam por mortais e têm filhos que podem se tornar grandes heróis, mas que acabam, na maioria das vezes, encontrando destinos terríveis nas garras de monstros sem coração. Apenas alguns descobrem sua identidade e conseguem chegar ao Acampamento Meio-Sangue, um acampamento de verão em Long Island dedicado ao treinamento de jovens semideuses. Essa é a revelação que leva Percy Jackson a uma incrível busca para ajudar seu verdadeiro pai - o deus dos mares! -, a evitar uma guerra no Olimpo. Com a ajuda do sátiro Grover Underwood e de Annabeth Chase, uma filha de Atena, Percy é encarregado de cruzar os Estados Unidos para capturar o ladrão que roubou a mais poderosa arma de destruição já concebida: o raio mestre de Zeus. No caminho, eles enfrentam uma horda de inimigos mitológicos determinados a detê-los. Em meio aos perigos dessa jornada, Percy precisa confrontar um pai que ele não conhece e se precaver de uma cruel traição.


Percy Jackson tem 12 anos e vive em uma constante troca de escolas. O menino sofre com sua dislexia e o TDAH e muitas instituições não estão preparadas para essa peculiaridade, fora o fato de que Percy é sempre sinônimo de confusão.


Agora o menino parece estar se dando bem na nova escola. Seu melhor amigo, Grover, que anda com muletas, está sempre lhe apoiando e ele adora as aulas de latim com o Sr. Brunner, que o incentiva apesar da dislexia.

Num certo dia, a vida de Percy muda bruscamente. Numa excursão da escola, Percy é atacado por sua professora, mas ela não é mais aquela mulher estranha que sempre o assustou nas aulas, ela havia se transformado em um monstro. Como se não bastasse, ele é salvo pelo Sr. Brunner, que lhe entrega uma caneta que se transforma em espada. Tal como se isso fosse mesmo possível.

De volta à escola, todos parecem ter esquecido da existência da professora, mas Percy não consegue tirar isso de sua cabeça. Após seus exames não serem satisfatórios, o garoto é convidado a deixar a escola e precisa voltar para sua casa no verão. Sua mãe, Sally, casou-se novamente e o marido, Gabe, é extremamente arrogante e asqueroso e sua relação com Percy não é das melhores. O menino nunca conheceu o pai e a mãe pouco fala sobre ele.

Após uma longa conversa com Grover, Sally decide que já está na hora de Percy saber sobre sua origem e decide levá-lo para um Acampamento, onde ele encontrará pessoas como ele que explicarão tudo que ela não pode. Porém, no caminho eles são perseguidos por uma criatura, o Minotauro, e um acidente acontece. Percy, Sally e Grover precisam concluir o restante do percurso a pé, mas Grover está desacordado e precisa ser carregado.

Ao chegar ao limite do acampamento, Sally não pode passar e é atacada pelo Minotauro, desaparecendo em pleno ar. Percy, revoltado com a morte da mãe, ataca o monstro e o mata, ficando apenas com o seu chifre de touro de recordação.

No acampamento, conhecido como Acampamento Meio-Sangue, Percy descobre que Grover é um sátiro, que tinha a função de protegê-lo e mantê-lo em segurança dos monstros, pois ele é um semideus. Sim. Os deuses do Olimpo desciam à terra e tinham filhos com humanos e Percy é fruto de uma dessas relações, embora não saiba quem é seu pai Olimpiano.

Após algum tempo no acampamento, vivendo no chalé de Hermes, para onde vão os semideuses não reclamados pelos pais Olimpianos, Percy vai digerindo os últimos acontecimentos enquanto aprende sobre a vida no acampamento e a história dos deuses gregos. Seu instrutor é ninguém menos que o Sr. Brunner... ou melhor, Quíron, que era um centauro disfarçado para ajudar o garoto. O Acampamento é governado pelo Sr. D, como uma forma de punição dada por Zeus. O Sr. D é um homem relapso e confunde o nome de todos os campistas.

Logo nos seus primeiros dias Percy precisa participar de um jogo de captura da bandeira, onde é humilhado por Annabeth, filha da deusa Atena. Annabeth é uma estrategista e ótima em batalhas corpo a corpo. Além disso, ele se envolve em uma confusão com Clarice, filha de Ares, que se torna sua grande inimiga no acampamento.

Durante o jogo, Percy é reclamado e descobrem que seu pai é ninguém menos que Poseidon, o deus do mar. Porém, isso deveria ser impossível, pois os Três Grandes (Zeus, Hades e Poseidon), juraram nunca mais ter filhos semideuses para evitar os conflitos queforam causados por sua prole ao longo dos anos.

Pra piorar a vida de Percy, ele descobre que o raio mestre de Zeus, a arma mais poderosa do Olimpo, foi roubado e quase todos acham que ele é o ladrão. Hades, o deus do Mundo Inferior, lhe faz uma visita e diz que se Percy entregar o Raio a ele, terá sua mãe de volta, pois Sally não morreu e sim foi raptada pelo deus.

Com isso, Percy deve partir em uma missão para recuperar o raio e salvar a vida da mãe. O prazo é até o solstício de verão. Se até lá o Raio não for devolvido, os deuses entrarão em guerra, algo que terá conseqüências catastróficas para o Olimpo e a humanidade. Para ajudá-lo, Percy contará com a ajuda de Grover e Annabeth e uma profecia do Oráculo, além de Luke, um dos filhos de Hermes que o ensina como chegar ao Mundo Inferior. Mas será que Percy irá conseguir concluir sua jornada, com monstros e deuses tentando impedi-lo?

“Você irá para oeste, e irá enfrentar o deus que se tornou desleal.

Você irá encontrar o que foi roubado,

e o verá devolvido em segurança.

Você será traído por aquele que o chama de amigo.

E, no fim, irá fracassar em salvar o que mais importa”

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.

Eu conheci Percy Jackson após assistir sua adaptação, que chegou aos cinemas em fevereiro de 2010. Gostei tanto do filme que logo corri para comprar o livro e o devorei em poucas horas. Foi aí que me apaixonei de vez pela história, que o filme estragou, e já queria mais.

Após minha febre de Harry Potter e Crepúsculo, foi a vez da febre Percy Jackson. Eu comprei três livros sobre mitologia para aprender mais sobre as histórias gregas e só sabia falar sobre a série, os personagens e tentava arrastar toda a família junto. Consegui obrigar até minha mãe, fã de livros eróticos, a ler PJ comigo.

A escrita de Rick Riordan é simplesmente deliciosa. Quando li o primeiro livro eu estava com 12 anos, a mesma idade do protagonista. Como a história é narrada em primeira pessoa sob o ponto de vista de Percy, eu automaticamente me inseri ali e me vi vivendo as aventuras como se fosse o próprio Percy. Foi impossível não amar cada segundo.

Rick tem um jeito de escrever que encanta e é característico dos livros voltados ao público infanto-juvenil. Com isso, ele vai apresentando os fatos óbvios como se fossem coisas complicadas, mas nem sempre o que é óbvio para alguns é para os outros. Eu, quando li pela primeira vez, já entendi algumas coisas. Talvez se lesse hoje novamente (o que seria a 13ª vez), não aproveitaria tanto assim a história.

Os personagens foram muito bem construídos. Percy é aquele típico garoto que precisa se tornar um herói e cumpre toda sua jornada com maestria. A lealdade aos amigos impera na vida do garoto, colocando-o muitas vezes em risco para que ele possa salvá-los.

Annabeth me conquistou logo de cara. Apesar do seu jeito durão, ela é uma garota sensível e leal, além de ser muito inteligente, o que tira o grupo de muitas enrascadas. Grover é a comédia da história. O garoto morre de medo de quase tudo, mas sempre vê o lado divertido da situação e nos faz rir horrores com suas piadas. Porém, quando precisa, Grover sabe ser sério e também é um grande apoio na missão.

A mitologia é praticamente um personagem da trama. Você não passa uma página sem ser lembrado que está cercado por criaturas mitológicas, pois estas sempre aparecem quando você menos espera... e quando espera também.

O final deixa uma ponta super aberta, que é o que vai comandar o restante da série. Pensem no meu desespero enquanto não consegui comprar o segundo livro, foi triste. Se forem ler, lembrem-se de duas coisas: não julguem o livro pela sua adaptação e não esperem uma obra-prima da literatura. PJ tem seus defeitos, mas é uma série excelente, então não tirem conclusões precipitadas se o começo não lhe agradar. Eu com certeza recomendo essa série a todos.




Jaqueline Silva
Carioca, mãe, apaixonada pela família e amigos, viciada em Coca-Cola, chocólatra, apaixonada por livros e filmes, estudante de enfermagem e blogueira nas horas vagas.
Amo blogar e tudo o que a literatura me trouxe. Pra mim ler é poder viajar sem sair do lugar.

Um comentário

  1. Jaqueline, sempre tive muita curiosidade a respeito da mitologia Grega, só não tenho tido muita paciência para ler séries,embora a sua resenha esteja muito convidativa!


    http://www.estantejovem.com.br/

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